quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Olivia é dez


Edição e revisão: Marsel Botelho
Foto e arte: Paulo Preto






                                                                             Olivia poesia e música  que faz a diferença




A essência da música vestida por poesia: Olivia é a própria canção na pele de mulher, canto em plenitude, as cores do amor e dos sonhos. Comemorando 17 anos de musicalidade, vida e verso, a cantora, compositora, multi-instrumentista, arranjadora, produtora e poetisa, Olivia Genesi, chega à marca dos dez álbuns gravados e consagrados em Amor e Liberdade. Foi no ano 2000 que tudo teve início, quando produziu o homônimo Olivia. Agora é a vez de Amor e liberdade, que, na ótica da própria artista, pode assim ser definido: precisamos encontrar a “versensibilidade”, onde o tempo e a existência da palavra inventam a música que habita dentro de nós e dão à química que nos faz envelhecer um toque poético. É preciso respeitar o ritmo do tempo e as marcas que vão ficando como resultado de todas as experiências, que estão vivas dentro de nós, é o que se pode concluir ouvindo Versi(i)dade.

O amor vai brotar é um forró-maracatu, que transpira paixão à primeira audição, premiando o momento em que o amor é intensa novidade lírica, a descoberta repleta de sensações, cheiros e sabores. Lua no céu de janeiro é presente de Dery Nascimento e Luiz Carlos Sá. Em Tudo passa, sua amiga Bárbara de Loreto sugeriu o tema "impermanência" para uma canção, a transitoriedade do modo de ser da própria existência humana. Sem inimigos fala diretamente daqueles que se alimentam da infelicidade alheia. Astrologia foi tema proposto por Leticia Lima: repentinamente, a artista se depara com o sentido astrológico do viver.

Mudada foi inspirada numa grande transformação na vida de sua amiga Pri Wi. Em No silêncio da canção, paira o momento de pura sintonia musical, uma alegre referência ao relacionamento entre o criador (compositor) e a criatura (canção). Amores líquidos é sugestão de sua amiga e jornalista Adriana Marmo, que fez este colunista repensar o livro “A modernidade líquida”, do grande sociólogo polonês Zygmunt Bauman, falecido em janeiro de 2017, aos 91 anos, remetendo-me às questões dos relacionamentos em redes sociais, à intimidade superficial facebookiana, que confunde corações e anda banalizando os mais lindos sentimentos. Recomeçar surge de letra que residia no fundo do baú da artista, de escritos do Paulo Preto, marido e parceiro de Olivia desde o primeiro CD: cheia de imagens mentais, ela nos envia de imediato ao sentimento de pânico, de emoções que se completam do início ao final.

O Feminino veio de referência da amiga Julia Spinasse e fala da influência do feminino em nossas vidas. No som é fusão de duas letras recebidas de seu grande amigo e compositor Zé Luiz Marmou: nessa canção, diz Olivia, encontrei meios de expressar o sentido de ser intérprete, minha relação livre e sagrada com a música. Forró da Bela foi feita pensando na menina livre, adolescente, criativa e sonhadora dentro de Olivia. Arte além da tua janela tem uma letra maravilhosa, recebida de presente de Paulo Preto, canção que sintetiza o papel da música e da arte em nossas vidas.

O lançamento do CD Amor e Liberdade, de Olivia Genesi, será no dia 27 do corrente mês, às 21 horas, espaço do projeto Talento MPB, Bar Brahma, na Av. São João com a Ipiranga, São Paulo.







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