Edição e revisão: Marsel Botelho
A viagem é garantida ao ouvir esta obra de arte sonora. Viva Manito, Pedrinho e Pedrão mestres na arte de viagens astral através do sons
Um
dos mais esperados relançamentos em CD de todos os tempos: “Snegs – Som Nosso de Cada Dia”,
originalmente lançado no formato vinil em 1974, acaba de ganhar uma
remasterização à altura do álbum e seu encarte é sem dúvida uma obra de arte à
parte. Os amantes do “progressivo” e os jovens que vão descobrir essa viagem a
convite do “SNCD”, terão em “Snegs” oito faixas que mudarão a concepção sonora
de quem o ouvir. Formado por Manito, Pedrinho Batera e Pedro Baldanza (Pedrão),
o “Som Nosso de Cada Dia” é considerado pela crítica especializada uma das
maiores bandas de “rock progressivo” brasileira. Um trio que era uma “porrada”
sonora no palco: essa é a definição, se você perguntar a qualquer felizardo que
viu ao vivo essa maravilha. Assim como os britânicos do “ELP”, eles poderiam
ter assumido a sigla “MPP”, levando-se em conta que a velha guitarra não tinha
lugar nessa “sonzera” toda. Manito e seu “harmmond”, sintetizadores, saxe,
flautas, piano e violinos. Pedrinho quebrando tudo na batera e a pulsação firme
de um coração no baixo de Pedrão.
Esse
relançamento é algo que nos alegra muito e ao mesmo tempo nos faz pensar nessas
duas figuras ímpares que foram Pedrinho e Manito: o primeiro faleceu em 1997 e o
segundo em 2011, a eles então a dedicatória: “Tenho o maior prazer e honra em
lançar essa nova remasterização do “Snegs do SNCD”. O trabalho magnífico de
George Solano, que se dedicou com afinco e muito amor em frame por frame,
resgatando toda a essência da gravação. O trabalho gráfico ficou por conta do
jovem Fabricio Bizu, que preservou a capa original, criando uma incrível
atmosfera de formatação tripla e dois encartes com muitas fotos, um resgate
histórico da mais alta qualidade. Atrevo-me a dizer que é sem dúvida alguma um
dos melhores trabalhos lançados nos últimos tempos”, diz Pedrão por telefone.
Um
momento marcante da história do “SNCD” ocorreu no ano de 1975, quando o trio
abriu o “show” de Alice Cooper no Rio de Janeiro, assim como em São Paulo, para
um público estimado de mais de 150 mil pessoas: o detalhe é que a banda roubou
a cena, levando o público ao delírio, deixando a atração principal em segundo
plano. Ouvir “Snegs” é algo indescritível, tem de deixar o som penetrar os
poros e fazer uma viagem sem destino: apenas feche os olhos, que um arco-íris
de sensações tornarão seu dia mais prazeroso e significativo. Para começar a jornada,
você ouvirá “Sinal da Paranoia”: o instrumental e suas variações, a “vibe” que invade
e a letra que se eterniza: “Essa obsessão de chegar.../O terror de não vir a
ser o que se pensa.../Esse eterno pensar nas coisas eternas/Que não duram mais
que um dia/Que não duram mais que um dia/A tortura à procura da essência/O
barulho aterroriza, tranca, lacra o peito/ Sinal da paranoia, sinal da paranoia,
sinal da paranoia...”
Escrever
sobre “O Som Nosso de Cada Dia”, e em especial sobre o álbum “Snegs”, levaria
horas, portanto, vou dar uma dica preciosa: entre em contato com o próprio
Pedro Baldanza e adquira essa maravilha pelo “whatsapp” 11997718780 e, se
quiser contratar o “show”, MoshiMoshi Produtora: 11992586494 – Roberto Oka.
Nossa, demaiss!! Vou ouvir! Vai lançar tbm digital nas plataformas? Tem q espalhar essa raridade pelo mundo. Impressionada com a letra arual, até porque a paranoia é o frou frou da vida moderna. Musica boa é atemporal!!
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