quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Guarulhos canta Mamonas

Agradecimentos especiais a Patrícia Chammas


É com grande alegria que iniciamos mais um ano escrevendo sobre o que há de melhor no universo musical brasileiro. Em 2013 artistas dos quatros cantos do País, foram destaque nesta coluna.
A primeira matéria do ano traz o CD “Guarulhos Canta Mamonas”, uma justa homenagem aos “Mamonas Assassinas”: meteoro musical que passou pela Terra por sete meses (julho de 1995 a março de 1996). Já se vão 18 anos daquele acidente aéreo que acabou com o sonho de cinco jovens guarulhenses: Dinho, Samuel, Bento, Sérgio e Júlio.
Vamos entender um pouco da história deste fenômeno. “Em março de 1989, Sérgio Reoli, trabalhava na Olivetti e lá, conhece Maurício Hinoto, irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o irmão, que toca guitarra. A partir daí, Sérgio e Bento decidem criar uma banda. Ao vê-los ensaiar em sua casa, Samuel, irmão de Sérgio, se interessa pelo som e passa a tocar baixo elétrico. Estava formada, assim, a ‘cozinha’ do grupo Utopia, com baixo, guitarra e bateria, especializado em ‘covers’. Em julho de 1990, em pleno show, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N' Roses e, como não sabiam a letra, pediram ajuda a um espectador. Alecsander Alves Leite, o Dinho, voluntariou-se e, com sua performance escrachada, garantiu o posto de vocalista da banda. Por meio de Dinho, entrou o quinto integrante da banda, o tecladista Júlio Rasec. Em um show, conheceram o produtor Rick Bonadio, que os lançou.  Decidiram mudar o perfil da banda, a começar pelo nome: Mamonas Assassinas do Espaço, criado por Samuel Reoli e reduzido, mais tarde, para apenas Mamonas Assassinas”. (Fonte: Wikipédia)
A idealização e produção musical do CD aqui destacado é do músico e produtor Aldo Di Julho, com produção executiva de Laila Fidelli. O projeto Guarulhos Canta Mamonas foi financiado pelo FunCultura – Guarulhos.
O CD conta com dez canções do quinteto interpretadas por contemporâneos e novos artistas da cena guarulhense.  Para abrir o CD os veteranos do Chernobyl interpretam “1406” (Dinho). Com uma pegada “tecnobrega”, Célia Nascimento dá vida a “Bois Don’t Cry” (Dinho). “Robocop Gay” (Dinho/Julio Rasec) ficou por conta da recém-formada Bandadidois & os Convidados Fixos. Ele tinha apenas seis anos quando os Mamonas se foram: Meyson Vieira canta “Lá Vem o Alemão” (Dinho/Julio Rasec). Um dos momentos mais emocionantes do CD é a interpretação de Ana Paula Rasec para o belo arranjo de cordas na inesquecível “Pelados em Santos” (Dinho). Outro veterano, Rubens Mello, empresta a voz em “Vira-Vira” (Dinho/Júlio Rasec). Os meninos do Carbônica cantam “Cabeça de Bagre” (Dinho/Samuel/Júlio/Sérgio/Bento). Ana Paula Rasec e Ito Reoli - pai de Samuel e Sérgio - cantam “Mundo Animal” (Dinho). “Jumento Celestino” (Bento/Dinho) é interpretada pela banda Conexão Urbana e, para finalizar, os rapazes da banda contemporânea Efeito Garage, interpretam “Chopis Centis” (Dinho/Júlio Rasec).
A homenagem não poderia ser mais justa: a representação da maioridade de uma lembrança viva e merecedora de revivals caprichados, como este álbum.
Para comprar o CD acesse: www.guarumusic.com.br.

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