quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A Rica Música Brasileira

edição e revisão: Marsel Botelho







     Feliz dia dos músicos com música de qualidade






Muita gente me questiona a razão de escrever sobre artistas que a grande mídia não mostra. A resposta é simples: eles existem e estão aí para serem descobertos e vistos por todos, principalmente por um público muito especial, aquele que não se deixa doutrinar. Sempre foi assim, essa é a grande verdade. A cada dia novos e talentosos artista surgem, vindos dos lugares mais interioranos ou urbanos da sociedade. A música independente ganha força, de qualquer que seja a vertente. Apesar de a grande mídia entrar na casa das pessoas sem pedir licença, com a pretensão de decidir o que pode ser melhor para elas ouvirem, a margem de escolha que permite é pouca ou nenhuma. Mas o Brasil é uma país de dimensões continentais, sua diversidade musical vai do Oiapoque ao Chuí. Evidente que o público em geral espera e acredita que as forças que movem o projeto social humano sejam generosas e lhe ofereçam o melhor sem que seja preciso esforço algum por parte do ouvinte. Mas isso não é real. Não podemos perder o senso crítico, vital para o aperfeiçoamento de qualquer que seja a arte que se faça e para o do próprio ser humano, que é parte ativa nesse processo de construção civilizatório.

 A geração de artistas de hoje muito tem de semelhante com aquela linhagem de ouro da música brasileira, como Caetano, Gil, Chico, Milton, Bethânia, entre outros tantos que com certeza no início de suas carreiras também passaram por algo análogo, mas a força de sua arte inequivocamente os projetou. Existem, aqui em São Paulo, vários nichos onde são encontrados esses artistas em pleno exercício de seu ofício. A Vila Madalena é um desses polos de efervescência musical: quando você se vê lá no meio, parece estar em um mundo diferente dentro do próprio Brasil. Que música é essa? Onde posso ouvir? Atualmente uma rádio vem fazendo a diferença nesse cardápio tão rico a ser oferecido: a Rádio Brasil Atual FM, que foi indicada ao renomado prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o programa concorrente é o Hora do Rango, com Oswaldo Luiz Colibri Vitta, pela diversidade musical apresentada na audição radiofônica. O blog que apresentamos, www.planetampb.blogspot.com.br, e esta coluna estão indo para o sétimo ano, veiculada diferencialmente em mídia impressa.   

Não nos cabe apontar o que não presta, porque na efemeridade se esvai, desaparece com a última luz, além do que seria um desserviço de sentido, todavia, em contraponto, podemos identificar o tripé que mantém a boa música no caminho do futuro: melodia, harmonia e letra (poesia, caso não instrumental), cuja textura sonoplástica atende aos requisitos que sempre nortearam a eterna arte. A pseudomúsica pode mesmo sempre insistir em vagar por aí nas encruzilhadas da vida. A beleza harmônica, melódica e poética faz com que nos encontremos quando estamos perdidos; apazigua nossos corações e instiga a mente à reflexão, enfim, faz-nos uma pessoa melhor. A boa música tem o poder de nos fazer amar uns aos outros.






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