O tempo foi guardião de onze temas
O tempo realmente é dono do destino,
ele que determina quando tudo vai acontecer. Não foi diferente com a cantora e
compositora Dulce Quental, que esperou 22 anos para lançar um trabalho todo
inédito e no formato Vinil “Música e Maresia” (Cafezinho
Edições/Discosaoleo), além de relançar os seus três álbuns Délica
(1986), Voz azul (1987) e Dulce Quental (1988), no formato digital.
Quem viveu a efervescência do final
dos anos 80 e a década de 90, vai ter a oportunidade de reencontrá-la, pois
Dulce Quental foi vocalista original da banda Sempre Livre (banda formada só
por garotas). O disco preenche uma lacuna na carreira da artista, fase marcada
por intenso trabalho como compositora para o Barão Vermelho, Frejat, Ana
Carolina, Cidade Negra, Leila Pinheiro, Simone e outros artistas.
As 11 faixas são “Ao Som de um Tambor” (R.
Frejat e D. Quental), “Eternamente no Coração” (R. Frejat e D. Quental), “Antes
de Acordar” (R. Frejat e D. Quental), “Guarde Essa Canção” (R. Frejat e D,
Quental), “Vida Frágil” (R. Frejat, Rodrigo Santos e D. Quental), “Música e
Maresia” (George Israel e D. Quental), “Púrpura” (L. Carlini e D. Quental), “Dia
a Dia” (R. Frejat e D. Quental), “Girassóis Azuis” (G. Israel e D. Quental), “Último
Vagão de Trem” (D. Quental) e “Amor, Perigoso Amor” (R. Frejat e D. Quental).
Ansiosos estivemos por duas décadas, porque estes temas são maravilhosos e atemporais.
No sábado 25, Dulce se apresentará no
palco do Sesc Belenzinho, acompanhada pelos músicos: Aquiles Faneco
(guitarra e direção musical), Lucas Vargas (teclados), Beto Birger (baixo),
Adriano Busko (bateria), Marcelo Pereira (sax), Reynaldo Izeppi (trompete) e a
participação especial de Luiz Carlini(guitarra) A artista promete cantar além
das canções do Vinil, as do seu
emblemático repertório oitentista: “Caleidoscópio”, “Natureza Humana”, “Não
Atirem no Pianista”, “Bossa do Bayard”, “Numa Praia do Brasil” (de Arrigo
Barnabé), “Bordados de Psicodélia” ( parceria com Moska, registrada no CD
Beleza Roubada - 2004), “A Inocência do Prazer” (música de Cazuza e George
Israel, escrita para ela) e “Qualquer Lugar do Mundo” (de Beto Fae e Aldo
Meolla). Destaque também para “O Poeta Está Vivo” (balada escrita com Frejat em
homenagem a Cazuza) e “Tempo Circular” (música inédita, parceria com Paulo
Monarco), entre outras.
“É bom citar principalmente para nova
geração que muitas das canções foram gravadas no sistema ADAT, formato que era
possível gravar em casa, pois computador e programas de gravação ainda estavam
por vir. Não há autotune para corrigir a voz, nem nada desse tipo”, explica a
artista. É bom poder ouvir a poetisa mais pop que temos de volta aos palcos.
Dia 25 de junho - sábado, às 21h. Sesc
Belenzinho Rua Padre Adelino, 1000. Belenzinho/SP. Tel: (11) 2076-9700 Ingressos:
R$ 25,00 (inteira); R$ 12,00 Duração: 1h30. Capacidade: 392 lugares.
Uma grande artista sempre nos surpreende, parabéns!
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