quarta-feira, 22 de junho de 2016

Vinte e dois anos depois


                                                                              Edição e revisão: Gesu Costa


                                                                     O tempo foi guardião de onze temas





          O tempo realmente é dono do destino, ele que determina quando tudo vai acontecer. Não foi diferente com a cantora e compositora Dulce Quental, que esperou 22 anos para lançar um trabalho todo inédito e no formato Vinil “Música e Maresia” (Cafezinho Edições/Discosaoleo), além de relançar os seus três álbuns Délica (1986), Voz azul (1987) e Dulce Quental (1988), no formato digital.

          Quem viveu a efervescência do final dos anos 80 e a década de 90, vai ter a oportunidade de reencontrá-la, pois Dulce Quental foi vocalista original da banda Sempre Livre (banda formada só por garotas). O disco preenche uma lacuna na carreira da artista, fase marcada por intenso trabalho como compositora para o Barão Vermelho, Frejat, Ana Carolina, Cidade Negra, Leila Pinheiro, Simone e outros artistas.

           As 11 faixas são “Ao Som de um Tambor” (R. Frejat e D. Quental), “Eternamente no Coração” (R. Frejat e D. Quental), “Antes de Acordar” (R. Frejat e D. Quental), “Guarde Essa Canção” (R. Frejat e D, Quental), “Vida Frágil” (R. Frejat, Rodrigo Santos e D. Quental), “Música e Maresia” (George Israel e D. Quental), “Púrpura” (L. Carlini e D. Quental), “Dia a Dia” (R. Frejat e D. Quental), “Girassóis Azuis” (G. Israel e D. Quental), “Último Vagão de Trem” (D. Quental) e “Amor, Perigoso Amor” (R. Frejat e D. Quental). Ansiosos estivemos por duas décadas, porque estes temas são maravilhosos e atemporais.

          No sábado 25, Dulce se apresentará no palco do Sesc Belenzinho, acompanhada pelos músicos: Aquiles Faneco (guitarra e direção musical), Lucas Vargas (teclados), Beto Birger (baixo), Adriano Busko (bateria), Marcelo Pereira (sax), Reynaldo Izeppi (trompete) e a participação especial de Luiz Carlini(guitarra) A artista promete cantar além das canções do Vinil, as  do seu emblemático repertório oitentista:  “Caleidoscópio”, “Natureza Humana”, “Não Atirem no Pianista”, “Bossa do Bayard”, “Numa Praia do Brasil” (de Arrigo Barnabé), “Bordados de Psicodélia” ( parceria com Moska, registrada no CD Beleza Roubada - 2004), “A Inocência do Prazer” (música de Cazuza e George Israel, escrita para ela) e “Qualquer Lugar do Mundo” (de Beto Fae e Aldo Meolla). Destaque também para “O Poeta Está Vivo” (balada escrita com Frejat em homenagem a Cazuza) e “Tempo Circular” (música inédita, parceria com Paulo Monarco), entre outras.

          “É bom citar principalmente para nova geração que muitas das canções foram gravadas no sistema ADAT, formato que era possível gravar em casa, pois computador e programas de gravação ainda estavam por vir. Não há autotune para corrigir a voz, nem nada desse tipo”, explica a artista. É bom poder ouvir a poetisa mais pop que temos de volta aos palcos.

          Dia 25 de junho - sábado, às 21h. Sesc Belenzinho Rua Padre Adelino, 1000. Belenzinho/SP. Tel: (11) 2076-9700 Ingressos: R$ 25,00 (inteira); R$ 12,00 Duração: 1h30. Capacidade: 392 lugares.

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