Edição e revisão: Gesu Costa
Quarteto é atemporal e legião de fãs se renovam a cada show
De modo
surpreendente abrimos esta matéria com um recado do guitarrista Cláudio
Venturini por telefone “ Fiquei pensando em como eu poderia contar um pouco dos
35 anos com poucas palavras. Então resolvi agradecer a cada um que assistiu a um
show um dia, que curtiu uma canção e se emocionou em algum momento com nossas
músicas. Quero agradecer a São Paulo e a todos que amam essa cidade, onde a
banda começou, coincidentemente, na praça 14 Bis. Ali gravamos as primeiras
músicas e, pouco tempo depois, perto dali na 9 de julho, no teatro da GV
aconteceu nosso primeiro show, que jamais vou esquecer. Foi assim que tudo
começou. Obrigado São Paulo, o 14 Bis ama e deve muito a todos vocês”.
Por ser impossível
contar a história vitoriosa de 35 anos da banda em 3000 caracteres, vou tentar
contar algo sobre os detalhes técnicos; os pessoais ficam para uma próxima
matéria, pois é correto afirmar que eles tocarão por muitos e muitos anos. Com
Produção de Sir. Milton Nascimento, a banda grava seu primeiro Lp, “14 Bis” e
ganham a versão de “Unencounter - Canção da América” dos seus autores Milton
Nascimento e Fernando Brant para que a banda pudesse gravar. O segundo disco “14
Bis II” tem produção do mineiro Tavito e a banda emplacaria as canções “Planeta
Sonho”, “Caçador de Mim” “Nova Manhã”, “Bola de Meia, Bola de Gude” e o
progressivo instrumental “14 Bis I e II”.
“Espelho
das Águas” é um álbum clássico, para mim o melhor, nele temos “Mesmo de
Brincadeira”, “Nos Bailes da Vida” que na minha singela opinião é a melhor
gravação que já houve desta canção. O hino “Linda juventude” gravada no famoso
disco da capa vermelha “Além Paraíso”, é dedicado ao amigo Bituca (M.N), nesse
disco ainda temos “Uma Velha Canção Rock `n Roll. O vinil “Idade da Luz” imprime o lado romântico
da banda com a campeã de temas de casamento “Todo Azul do Mar” e a antológica
Nave de Prata. “A Nave Vai” é um disco que mostra que a banda sempre foi
contemporânea da tecnologia e nos brinda com um álbum com bateria eletrônica
(novidade para época) além dos sintetizadores. O álbum “Sete” é último de
estúdio em que Flávio Venturin participa. Nele temos a parceria “Mais uma Vez” entre
Flávio e Renato Russo.
O disco “Ao Vivo” marca a despedida de Flávio
dos palcos em um show antológico em 25 de dezembro de 1987 no Palácio das Artes
- Belo Horizonte -MG. Foram seis anos de acertos principalmente nos vocais até
a nave sair do hangar e levantar voo com o álbum “Quatro Por Quatro”, primeiro
da banda na geração CD. Cláudio Venturini assumi a voz principal e seu lado
compositor, junto com Vermelho, Magrão e
Hely continuam a voar.
“Siga O
Sol” é um belo álbum e mostra maturidade do quarteto. A banda também gravou o
seu acústico com releituras de seus clássicos e apresenta as inéditas “Sonhando
o Futuro” e “Tudo Céu”. No ano 2000, dividiu os palcos e o CD com a banda Boca
Livre “Boca Livre e 14 Bis” O último CD
de inéditas “Outros Planos” é fantástico, porém foi pouco divulgado. “ 14 Bis
Ao Vivo” a banda ganhou CD e DVD de ouro.
Confiram 14 Bis ,35 anos. No Teatro Safra dia 08 às 21
horas. Rua Josef Kryss 318 –Barra Funda
- SP – Informações 3611
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