quarta-feira, 23 de abril de 2014

Lô Borges visita obra dos últimos dez anos

Foto: Bárbara Dutra (www.barbarafotografias.tumblr.com)
Agradecimentos especiais a Patricia Chammas


Quem tem uma obra fonográfica como a do compositor e cantor mineiro Lô Borges pode se dar ao luxo de revisitar a própria discografia e escolher 14 canções dos últimos quatro álbuns para fazer uma coletânea: “Um Dia e Meio” (2003), “Bhanda” (2006), “Harmonia” (2008) e “Horizonte Vertical” (2011). Com 42 anos de carreira e 62 de vida, Lô contabiliza 15 álbuns. O artista dispensa apresentação mais detalhada, pois gravou seu nome no hall da fama da MPB nessas quatro décadas e, a partir de 2003, passa a produzir uma obra totalmente independente, fora das grandes multinacionais. Junto com a coletânea, Lô presenteia seu público com um songbook, produzido por Barral Lima, trazendo todos os sucessos que o eternizaram.
            “Quando em 2000 o relógio do tempo mudou a década, o século, o milênio, senti uma necessidade imperiosa de fazer coisas novas, compor, gravar discos. Comecei a colocar em prática esse meu desejo. Compus quase 60 músicas e gravei quatro discos de inéditas. Depois de “Horizonte Vertical”, o meu mais recente álbum, passei a pensar em uma coletânea, uma compilação remasterizada de meu trabalho construído nessa década. Fiquei quase um ano escolhendo as canções que representassem bem esse período, aproveitando o lançamento de um songbook com canções de todos os tempos da minha carreira. Aliás, esse songbook foi muito aguardado e feito com muito carinho, dedicação e trabalho pelas pessoas envolvidas. Ele é super útil para quem quiser ter contato com a minha obra e com a coletânea. Espero com esse disco deixar o público mais inteirado da minha produção recente. O trabalho foi feito. Está aí a compilação da última década, e eu espero que vocês gostem das minhas escolhas”, declara Lô Borges.
Do CD “Um dia e Meio”, com produção de Tom Capone (1967-2004), Lô nos apresenta “Qualquer Lugar” (Lô Borges/César Maurício). A faixa é uma canção típica “loborgiana”. “Quem Sabe Isso quer Dizer Amor”, canção dos irmãos Lô e Márcio Borges, extraída do mesmo álbum, foi gravada anteriormente por Milton Nascimento no CD Pietá (2002). “Sonho Novo” (Lô Borges/Márcio Borges) também vem da mesma fonte. Sua sonoridade me remete ao CD “Meu Filme”, de 1996. Com César Maurício Lô tem feito belos temas e “Olá, Como Vai?” é mais um que vale apena ser ouvido.
Três canções apenas do belo CD Bhanda foram escolhidas. Este também foi produzido em parceira com Barral Lima, assim como os próximos álbuns. Chico Amaral assina a poética “Segundas Intenções”, que ganha a melodia ímpar do Lô. “Nossa Mágica” e “Carnaval de Cor” são mais duas da dupla Lô/Márcio Borges que abusam da poesia para nos enlevar. No CD “Harmonia”, Lô divide todas as 13 canções com o irmão Márcio e aqui nos brinda com quatro delas: “Cordão de Ouro”, “Imaginária”, “Onde a Gente Está” e Feita de Luz” – todas com arranjo de cordas e regência de Carlos Laudares, o mesmo que assina as transcrições do songbook.
Do último CD, “Horizonte Vertical”, três canções foram pinçadas para fechar essa coletânea: “On Venus” (Lô Borges/Ronaldo Bastos), “O Seu Olhar” e “Canção Mais Além” (Lô Borges/Patrícia Maês).
            "Lô Borges 2003-2013": o sumo concentrado de um milênio recente.

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Um comentário:

  1. De cara nova e matérias excelentes.
    Muito bom dar de cara com Salomão Borges Filho por aqui.
    Este é compositor de alma.
    Parabéns, Maestro Dera!

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