Sagrado: 30 Anos de Rock Progressivo Étnico Sinfônico

Agradecimentos especiais a Patrícia Chammas

Os fãs paulistas do Sagrado Coração da Terra estão sendo privilegiados, pois a turnê da banda mineira de rock “progressivo étnico sinfônico” começa pelos palcos dos SESCs Santo André (sexta, 21) e Belenzinho (sábado, 22), com ingressos já esgotados.

Marcus Vianna, compositor e multi-instrumentista, é o idealizador da banda. A proposta era criar uma atmosfera de rock “sinfônico progressivo universal” com elementos barrocos, alicerçados por textos filosóficos de ecologia e espiritualidade. Ele conseguiu uma legião de fãs, tanto em terras brasilis, como no exterior.

“No show em São Paulo faremos um repertório que abrange várias fases da carreira discográfica do Sagrado, com músicas do primeiro LP ao último CD, além de material inédito, nunca antes gravado. Outra novidade desse show é que os músicos que fizeram parte do Sagrado em sua época áurea – Ivan Corrêa (baixo), Augusto Rennó (guitarra e violão) e Neném (bateria) – estão de volta, além de mim (voz, teclados, violino e cello). A banda ainda conta com Danilo Abreu (teclados), Eduardo Campos (tímpanos e percussão) e as participações especiais das cantoras mineiras Mila Amorim e Vanessa Lima. O show revisita o passado, mesclado ao atual grande momento da banda. O performático vocalista Sergio Pererê abrilhanta o espetáculo levando as interpretações das músicas à verdadeira essência do movimento sinfônico progressivo pelo qual a banda é considerada o maior nome latino-americano, segundo a crítica internacional”, conta Marcus.

Apesar de ter sido criada em 1979, a banda lança seu primeiro disco só cinco anos depois: o “Sagrado Coração da Terra”. A partir do lançamento desta obra, a crítica especializada já considerava o Sagrado como a mais consistente banda de rock progressivo da América Latina. Neste primeiro trabalho, destaque para “Asas”, “Arte do Sol” e “Deus Dançarino”. Três anos foi o tempo que levou para lançarem o segundo álbum, “Flecha”, que projetou o grupo além das fronteiras de Minas. Dividido em duas partes – Canções e Sinfonias – esse disco acentua ainda mais o caráter vocal-instrumental da banda, com destaque para “Flecha”, “Manhã dos 33”, “Tocatta” e “Cosmos x Caos”. O terceiro álbum, “Farol da Liberdade”, é a obra com o maior número de sucessos, entre eles: “Pantanal”, “Amor Selvagem” e “Raio e Trovão” – canções executadas nas duas novelas de maior sucesso da antiga Rede Manchete.

Segundo Maurício Santini, jornalista e compositor paulista, “Grande Espírito”, o álbum mais “rockeiro” da banda, é uma ópera e está entre os dez melhores discos de bandas brasileiras de todos os tempos. Além de possuir um padrão técnico sonoro elevado, o disco conta com convidados ilustres como Milton Nascimento, músicos do Uakti e o cantor Bauxita. As canções em inglês se tornaram marca do grupo devido à grande acolhida do público internacional.“A Leste do Sol, Oeste da Lua”, lançado em 2000, foi o quinto CD lançado pelo grupo e contou com as participações de André Mattos – ex-Angra e Shaman – e de membros de bandas de rock progressivo Dogma e Saecula Saeculorum.

Viva o Sagrado e sua progressividade sinfônica!