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Agradecimentos Especiais a Tatiana Igreja por revisar o texto.
Cresci no interior de
Pernambuco e tenho em minhas lembranças imagens dos oratórios. Toda casa tinha,
ou tem, seu lugar destinado às orações, ao encontro com o divino. Hoje me deparo
com um Oratório de Poesias e Canções que me leva a comungar com uma obra
divina, sublime, me remetendo ao belo e ao bom, me levando para mais próximo de
Deus.
Déa
Trancoso, responsável por esse oratório, é semente que brotou no vale do
Jequitinhonha, em Almenara/MG, e floresce para o mundo. Ouvir Déa requer solidão. É estar sozinho agora para poder
compartilhar o amanhã.
Sua
música exala a terra do Vale e a poesia cristalina do velho rio Jequitinhonha.
Intérprete da cultura popular e poetiza de linhas melódicas, a artesã e pesquisadora
recolhe para nós obras que se encontravam às margens do esquecimento. A artista chega ao seu quarto trabalho, todos
com sua marca: “o canto” que vem de dentro, de onde vem o amor. Em 2012
completou 25 anos de carreira.
Diante
de sua discografia, preparo-me para um retiro espiritual musical, pois busco
nesse oratório o sagrado de sua canção. Déa divide seu primeiro trabalho em CD
com o Mestre Chico Lobo. O VIOLEIRO E A
CANTORA nos presenteiam com treze cantigas sagradas no dueto de viola e
voz.
TUM TUM TUM
é um registro de rituais, de batidas calorosas emanadas do coração, nele a
cantora faz adaptações de domínios públicos e nos apresenta um trabalho que
nasceu clássico, do cancioneiro popular. Um CD para fazer parte da discografia
brasileira, com treze obras que merecem audição minuciosa e respeito.
SERENDIPITY é
um disco livre e leve, Déa por ela mesma. A música que vem de dentro e exala em
nós o sentido da canção. Foi através desse trabalho que cheguei à cantora de
voz firme, que adoto como amiga, como mensageira do bem. Aqui ela tem a
companhia do violão de Rogério Delayon que assina os arranjos e divide a
produção. Nesse álbum ela nos apresenta seu lado compositora e extrai poesia da
alma, da água do pote, da beira do rio, dos caminhos do sertão. São 14 canções sendo
onze autorais e três em parcerias com Chico César, Badi Assad e Rogério
Delayon.
FLOR DO JEQUI é
dividido com Paulo Bellinati que dispensa apresentação. E como escreveu Egberto
Gismonti no encarte do CD, “Ai meu Deus que disco milagroso, parece até água
benta. Amém”. Ao ouvir Flor do Jequi, imagens do Vale me vêm à mente, seu chão
de terra batida, seu céu ‘azulzim’, suas ‘fulô’, o povo e suas histórias. O
violão solene de Bellinati mantém a cadência e transforma esse trabalho em uma
grande declaração de amor à terra. O CD
resgata a cultura popular, traz canções autorais e regravações de artistas,
como Paulinho Pedra Azul e Gonzaga Medeiros.
Vale
cada minuto de audição.
Grata querido pelo olhar profundo, pela audição generosa e pelo espaço muitíssimo bem-vindo!!!
ResponderExcluirbeijo grande.
Maravilha!
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