sábado, 8 de dezembro de 2012

100 ANOS

 
Folha Metropolitana - Guarulhos SP
 
 
Agradecimentos Especiais a Tatiana Igreja por revisar o texto.
 
 



                               Na próxima quinta-feira, vamos comemorar o centenário do nascimento de Luiz Lua Gonzaga (13/12/1912 - Exu - 2/08/1989 - Recife). Um artista brasileiro que levou a “ASA BRANCA” a voar por todos os cantos do mundo.

                               O ano de 2012 marca esta data em várias cidades e capitais do país onde acontecem vários tipos de homenagens. Foi em pleno carnaval carioca que aconteceu uma das homenagens mais belas ao Rei do Baião, a escola de samba Unidos da Tijuca com o enredo “
O Dia em Que Toda a Realeza Desembarcou na Avenida para Coroar o Rei Luiz do Sertão” fez tremer o chão, levou o público da Sapucaí a levantar e a escola se tornou campeã.

                              Outra homenagem que marca o centenário é a exibição do filme “De Pai para Filho”, do cineasta Breno Silveira, que apresenta a vida pessoal e artística de Gonzaga, além do conturbado relacionamento com seu filho Gonzaguinha. A estreia nacional aconteceu em 26/10/2012.

                             Sinto-me emocionado em escrever essas linhas, pois tive a oportunidade de ver várias apresentações do ‘Gonzagão’, durante os anos 80, quando ainda residia em Palmares/PE, local onde, no mínimo duas vezes por ano, sua presença era certa nas festas juninas ou bailes.

                            Gonzaga e seus parceiros mais famosos, Zé Dantas, Zé Marcolino e Humberto Teixeira, cantaram sua gente e seus sofrimentos, cantaram a terra seca do Nordeste, cantaram os pássaros, a vida... Foram 627 músicas em 266 discos.

                            Asa Branca (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira), composta em 03 de março de 1947, completou 65 anos. Essa canção se tornou um hino para os nordestinos e também levou a música do Brasil para os quatros cantos do mundo, tendo regravação até na terra do sol poente. Seus versos “Quando oiei a terra ardendo/ Qual fogueira de São João /Eu perguntei a Deus do céu, uai/ Por que tamanha judiação”

                          Na época de sua composição, em 1947, os nordestinos sofriam muito com a seca e era natural esse tipo de indagação: “Que braseiro, que fornaia/ Nem um pé de plantação/ Por farta d'água perdi meu gado/ Morreu de sede meu alazão”. As roças não vingavam, o gado morria de sede, o que restava era sair em retirada.

                         Gonzaga e Humberto imortalizaram essa situação vivida pelo nordestino nesses versos: “Até mesmo a asa branca/ Bateu asas do sertão/ Então eu disse adeus Rosinha/
Guarda contigo meu coração/ Hoje longe muitas léguas/ Numa triste solidão/ Espero a chuva cair de novo/ Para eu voltar pro meu sertão/ Quando o verde dos teus oio/
Se espalhar na plantação/ Eu te asseguro não chore não, viu/ Que eu voltarei, viu
Meu coração”.



                       Viva 100 ANOS de Gonzaga!


Nenhum comentário:

Postar um comentário