Agradecimentos Especiais a Tatiana Igreja por revisar o texto.
O
carnaval brasileiro proporciona a todos nós um menu super interessante no quesito música, basta escolhermos o
destino, para saberemos que tipo de música nos embalará. É assim de norte a sul,
de leste a oeste, um desfile de hits.
Os
carnavais passaram a ser um produto que rende muito dinheiro, mas no passado
eram vistos de outra maneira. Nos áureos anos 20, 30, 40, 50 e 60, os carnavais
de rua traziam suas agremiações sempre acompanhadas de uma marchinha, que
apresentava em sua letra tema picante ou de duplo sentido. A primeira marchinha,
Ó Abre Alas, foi composta pela
musicista Chiquinha Gonzaga, em 1899, sob encomenda do Cordão Carnavalesco
Rosas de Ouro.
Ainda hoje, memoráveis marchinhas fazem sucesso nos bailes carnavalescos, quem não se lembra da Allah-La Ô (Haroldo Lobo / Nássara), ou das Apareceu a Margarida (domínio público), A Pipa do Vovô (Manoel Ferreira / Ruth Amaral), As Pastorinhas (domínio público), As águas vão rolar (domínio público), Aurora (Mario Lago / Roberto Roberti), Bandeira Branca (domínio público), Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly / Roberto Faissal), entre outras.
O nordeste brasileiro nos oferece uma infinidade de sons, indo passar o carnaval em Pernambuco, o folião terá uma grande mistura de ritmos e sons a começar pelos blocos de maracatus. Temos os Maracatus de Baque Virado e os Maracatus Nação. Ainda em Pernambuco, o ritmo que contagia a todos é o frevo, que puxa blocos com milhares de foliões.
Na boa terra baiana, os trios elétricos são a grande sensação. Os foliões não resistem e não conseguem ficar parados ao ritmo acelerado dos trios. Também na Bahia, os blocos de afoxés arrebatam multidões com seu ritmo e som oriundos do candomblé.
O sudeste se rende aos sambas enredos trazidos pelas escolas de samba. Sambas cantados com empolgação por seus intérpretes e foliões. As agremiações ou escolas de samba promovem concursos internos para escolha do tema/enredo a ser cantado no carnaval. Geralmente, personalidades artísticas, cidades, estados são homenageados nesses enredos.
A primeira escola a utilizar um samba enredo foi a “Unidos da Tijuca”, em 1933 (fonte: Wikipédia), já que as escolas ou agremiações desfilavam cantando de um a quatro sambas durante o percurso, sem alusão ao um tema específico. O primeiro samba enredo gravado foi "Exaltação a Tiradentes", de Fernando Barbosa Júnior, Mano Décio da Viola e Estanislau Silva e Penteado, interpretado pelo cantor Roberto Silva, para o carnaval de 1955, mas obteve pouca repercussão. O samba foi apresentado pelo “Império Serrano” (fonte: Wikipédia).
E aqui está, foliões, um pouco da história dos nossos grandes carnavais.
Um super carnaval de muita paz para todos!
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