SETENTA

 

Folha Metropolitana - Guarulhos -SP

 

http://issuu.com/folhametronews/docs/folhametro-27-10-12?mode=window&viewMode=doublePage

 

Agradecimentos Especiais a Tatiana Igreja por revisar o texto.

 

Agradecimentos Especiais a Flávio Venturini, Eugénia de Melo e Castro, Rodrigo Borges, José Luiz Camacho,Antonio Siqueira,Marcelo Diniz,Edson Frank,João Francisco,Lenir Boldrin,Mauricio Gasperini,Sergio de Andrade,Antonio Celso de Oliveira,Maria Inez Molinari Sofia, Michele Sanson,Luciane Mendes,Amauri Falabella, pela emoção dos depoimentos.

Dois mil e doze, mais conhecido como o ano do fim do mundo, é na verdade  um ano de grandes comemorações para Milton Nascimento, pois ele emplaca números significativos: 50 anos de carreira, 50 anos da primeira gravação “Barulhos de Trem”, 45 anos do disco de estreia “Travessia”, 40 anos do álbum “Clube da Esquina” e 70 anos de vida, completado no último dia 26 de outubro.

Escrever sobre Milton é ‘chover no molhado’, mas gostaria de registrar essa data citando uma das qualidades que mais marca, para mim, esse artista ímpar da MPB: O AMOR, que ele dedicou aos pais adotivos Josino e Lília.

E para homenagear esse ícone da música brasileira, esta coluna recolhe depoimentos de amigos, músicos, cantores, poetas, produtores e professores. Eis aqui:

 

“Parabéns ao querido amigo e maravilhoso artista de todos os tempos Milton Nascimento, nosso Bituca amado! Bituca, você foi a pessoa mais importante da minha vida artística e sempre será!”

Flávio Venturini, cantor - Belo Horizonte/MG

 

“O Bituca não tem idade, a sua voz, a sua música e a sua amorosidade são atemporais, eu amo o Bituca.”

Eugénia de Melo e Castro, cantora - Portugal

 

"Milton Nascimento é a mais profunda expressão da criatividade brasileira. Musicalidade mágica e misteriosa. Minas, Rio e Bahia. O encontro genuíno do Brasil com sua grande mãe África. Obrigado Bituca! A humanidade agradece."

Rodrigo Borges, cantor - Belo Horizonte/MG

           

            “Milton é a música que brota da montanha.”



                                               José Luiz Camacho, produtor musical - São Paulo/SP

 

“O que impressiona na trajetória do Milton é o fato dele ter mantido a qualidade de sua obra durante todos esses anos, ao contrário dos eternos tropicalistas que tiveram seu grande momento inspirado pelos ‘anos de chumbo’; Milton é muito mais do que isso: ele é a terra, a folha e a raiz da cultura do seu povo, seja ela barroca ou contemporânea e não gerou oportunismo algum em sua obra. É de uma lisura e de uma honestidade raras. Além de ser um oceano de possibilidades vocais... Um universo de voz orgânica!”

Antonio Siqueira, cronista e articulista livre - Rio de Janeiro/RJ

 

“Milton Nascimento, sem pestanejar digo que é uma das minhas grandes influências musicais desde que ouvi pela primeira vez o épico Clube da Esquina n-2, músico de um requinte fora do normal, intérprete de potência soberba, um dos grandes gênios da música desse planeta, uma eterna mutação sonora e certamente se não tivesse nascido homem teria nascido música... mil tons em constante nascimento!”

Marcelo Diniz, músico e poeta - Campinas/SP

 

“Milton é a voz de Minas, a voz das belas paisagens que tatuam nossa mente
com montanhas brilhantes à luz do sol, a voz da religiosidade de um povo simples que aprendeu a tirar da terra o sustento e a arte com maestria. A voz de Milton viaja o mundo, nos faz feliz, encanta, emociona, mostra a realidade às vezes muito dura, nos leva a viagens de sonhos e fantasias de amor. Aprendi a ouvir Milton desde minha juventude, nos anos de chumbo, onde a expressão era controlada e sentir era proibido. Descobri os encantos de Minas através de sua voz, de sua interpretação única, de sua sensibilidade. Paulistano que sou, acredito ter um pouco de Minas em mim, em minha música, por obra de Milton. Ele é uma das coisas que me faz amar meu país e sua riqueza inesgotável de beleza e poesia. Obrigado Milton!”

Edson Frank, músico e produtor musical - Guarulhos/SP

 

“Pai nosso que estás no céu, abençoa o pai nosso de todo músico mineiro que está na terra. Mais 70 anos de saúde para Milton nascimento.”

João Francisco, cantor e compositor - Rio de Janeiro/RJ

 

“De Três Pontas para o mundo, ficando onde passou a força de voz. A emoção de seu canto e sua música e se olharmos com atenção, um exemplo de vida, de superações, de vitalidade. Respire fundo e sinta os tons de Milton nascendo pelas montanhas de Minas e se espalhando pelas planícies de nossa terra e pelos mares do nosso mundo. Sinta na força das florestas, o som, que entrando em nossos ouvidos, vai ficar por toda vida a nos mostrar cada frase ou nota musical. Viva Milton, salve o Nascimento!”

 Lenir Boldrin, produtor musical - São Paulo/SP

 

“Hoje é dia de festa no lindo universo da música, que bebe nessa fonte inesgotável há 50 anos. O que dizer de Milton Nascimento, do seu eterno Clube da Esquina, revelando um time de craques como Tavinho Moura, Wagner Tiso, Lô Borges, Beto Guedes,Cláudio & Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Tavito, Ronaldo Bastos, Fernando Brant e alguma outra fera que me fugiu da memória, mas não do meu coração de fã.

Foi na década de 60, invadindo todas as outras, que um de Três Pontas chegava a Belo Horizonte para conquistar o mundo. Canção do Sal, gravada pela então novata Elis Regina, ganhava o Festival de Música Brasileira e dava início a uma cascata de hits, uma longa Travessia... Soltando a voz nas estradas... Estando onde o povo está. Poesias sonoras que andam em extinção nos anos 2000. Parabéns mestre dos mestres e obrigado pela minha inspiração e de tantos. Querido Milton, minha alma de músico hoje está repleta de felicidade, pois mais uma vez festejamos seu nascimento.”

Mauricio Gasperini, cantor - São Paulo/SP

 

“Milton é o mais aprimorado artista da nossa geração. Dono de uma das vozes mais sofisticadas, de uma qualidade musical incontestavelmente bela e que sabe interpretar como ninguém as próprias canções.”

Sérgio Andrade, cantor - Recife/PE

 

“Milton Nascimento é um anjo que veio conduzir por entre a humanidade o real sentido divino da música. Trazer aos homens a possibilidade de apreender uma dimensão espiritual do canto, e nesta experiência, aproximá-los da sua supremacia universal no interior das manifestações artísticas sensitivas.”

Antonio Celso de Oliveira, professor - Guarulhos/SP

 

“É com muita alegria que falo sobre Milton Nascimento. Parabenizá-lo pela passagem do seu septuagésimo aniversário é um privilégio, sabedores que somos de se tratar de um dos maiores talentos da música popular brasileira, haja vista composições como Travessia, Coração de Estudante, Maria, Maria e muitas outras.

Um artista que, graças a suas andanças pela América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e África, tornou-se conhecido mundialmente, o que muito nos orgulha.

Falar sobre Milton Nascimento é falar de uma pessoa que nasceu predestinada ao sucesso, um artista que possui luz própria.  Ele é simplesmente, entre tantos, mais um iluminado por Deus.

Sua competência o levou a participar de um grupo seleto de intérpretes da MPB, permitindo a eles viajarem dois anos pelo país apresentando o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados.

O que falar de um artista que já foi homenageado por um coral de mais de mil vozes, cantando uma canção feita especialmente para o homenageado.

Não tem tamanho o pacote de bons exemplos que esse artista representa.

Fascinado pela família, não perde a mínima oportunidade para enaltecer o amor, a educação e a liberdade que serviram para moldar a sua vida. Parabéns, Milton Nascimento!”

Maria Inez Molinari Sofia, professora - Guarulhos/SP

        “Hoje o mundo da música está em festa, um dos seus maiores representantes comemora 70 anos de vida, sendo que 50 deles foram dedicados a tornar nossas vidas mais alegres.

        Milton levou Minas Gerais para o mundo, com sua musicalidade, simplicidade e simpatia. Voz de anjo e alma de poeta, Milton Nascimento é simplesmente um mestre da Música Brasileira, sua obra estará eternamente em nossos corações.Vida longa ao Bituca!”



                                                                       Michele Sansson, farmacêutica - São Paulo/SP




         “Sou paulista do Bexiga e, sem querer, vim parar em Minas Gerais de Milton Nascimento. Montei um bar musical, para onde trazia os filhos do Clube da Esquina e os sobrinhos de Milton Nascimento, Gabriel Guedes e Rodrigo Borges, para encantar meus clientes e amigos... Um belo dia, Gabriel me convidou para montar outro bar musical com ele, em Santa Tereza, Belo Horizonte. Aceitei, sem lenço nem documento, sem dinheiro... só com a coragem e com muito medo, afinal estávamos abrindo um bar musical na esquina do ‘Clube da Esquina’.

         Estamos aqui há 2 anos e seis meses e todas as vezes que os integrantes do Clube aparecem aqui no Godofredo Bar, esqueço todos os problemas, me renovo e penso assim: ainda bem que nós acreditamos no nosso sonho. E com a ajuda de todos, estamos conseguindo unir os músicos do Clube da Esquina com os Jovens Músicos do Clube da mesma esquina...

       E tudo só está sendo possível, graças a luta musical de Milton Nascimento, Márcio Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Lô Borges, Nico Borges,Marilton Borges, Telo Borges, Paulinho Carvalho e quem mais teve a coragem de inovar, obrigada, Milton Nascimento, te amo!!!



                     Luciane Mendes, sócia proprietária do Godofredo Bar - Belo Horizonte/MG



        “Milton Nascimento é uma referência de bom gosto e cuidado com a música brasileira. É sem dúvida nenhuma um nome que se firmou entre os maiores de nossa cultura.”



                                                Amauri Falabella, cantor e compositor - Guarulhos/SP







                                       Vida longa a você, caro amigo Milton!