FOLHA METROPOLITANA - GUARULHOS -SP
Agradecimentos Especiais a Tatiana Igreja por revisar o texto.
Os números são
interessantes para este ‘Artesão’: 63 anos de vida, 40 de carreira, 21 álbuns
gravados e 5 anos sem gravar inéditas. Djavan
passeia pela ‘Rua dos Amores’ nos brindando com 13 canções, 12 que falam do
amor em diversas dimensões e 1com cunho político.
Com a intenção de
deixar o álbum totalmente com sua identidade, o artista compôs, arranjou, gravou
e produziu este trabalho que também deu a Djavan a oportunidade de convidar
seus amigos músicos: Torcuarto Mariano, Carlos Bala, Paulo Calazans, Marcelo
Mariano, que formaram com ele uma das melhores bandas na turnê de 1999. O
encarte também traz um registro fotográfico desses 63 anos de idade, com fotos
da infância, juventude e da família, mostrando a intimidade do artista.
Um dos temas que o amor
se depara é a separação, apresentado pelo cantor nos versos da canção Já Não Somos Dois (Djavan): “Onde a
luz/Do iluminado amor/Me azoou/Depois desapareceu/Meio do nada/Minha doce
amada/Expôs/Que ela e eu/Já não somos dois!”.
Anjo de Vitrô (Djavan) traz à
tona os encontros que ocorrem com o amor, aqueles que nos deslumbram, que nos
surpreende.
Em Triste É O Cara (Djavan), o artista usa da sabedoria para desfilar
frases filosóficas, remetendo-nos à importância do que é o amar. “Triste é o
cara/Que de amor não morreu”. O bom samba não poderia ficar fora deste CD que
já nasceu forte, Acertos De Contas
(Djavan) apresenta uma reflexão sobre um acerto de contas na rotina de um
casal.
A música de trabalho
poderia ser qualquer uma, pois a construção do tema central se encontra nas 12
canções. Mas Djavan escolheu Bangalô
(Djavan) para embalar os corações apaixonados. Uma balada com todos os climas e
argumentos de um amor perdido, “Não vou ficar em bar, vencido/Não mais/Não vou
chorar/Amor perdido/Não quis Château/Nem bangalô/Não me quis, não me viu/Não me
vê!”
Pecado
(Djavan) tem suingue e um recado a quem fala do seu amor sem saber. “Ouça mais,
pra variar/E saber mais de mim...”. Para entender o universo feminino e a
conquista do amor, Djavan compõe e canta no feminino, descreve a mulher que sai
do natural para agradar um homem, em Ares
Sutis (Djavan).
Quinze
Anos (Djavan) é a sagração do amor que deu certo. Composta
para eternizar os 15 anos com sua mulher Rafaella Brunini. Em Vive (Djavan), o artista procura
abranger as diversas situações das relações amorosas e diz: “Vive deixa o tempo
resolver/O que tem quer acontecer”.
O cantor, inteligentemente,
faz uso de metáforas para falar de política e corrupção - que poderia passar
despercebido por nós como mais uma canção de amor - em Pode Esquecer (Djavan). Ele mergulha em suas memórias e busca o
primeiro sim ou não que o amor lhe deu, em Reverberou
(Djavan). Quando achamos que aquele amor estava perdido e de repente ele te procura é o tema da canção Quase Pedida (Djavan).
Em Rua Dos Amores (Djavan), a lua é personagem central e a canção fecha
com chave de ouro este álbum dedicado ao amor.
Confiram!
Djavan sempre foi um gênio com letras loucas. Ultimamente canta coisas coerentes e com a qualidade instrumental de sempre.
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