sábado, 15 de setembro de 2012

RUA DOS AMORES


 
FOLHA METROPOLITANA - GUARULHOS -SP
 
 
Agradecimentos Especiais a Tatiana Igreja por revisar o texto.
 
 
Os números são interessantes para este ‘Artesão’: 63 anos de vida, 40 de carreira, 21 álbuns gravados e 5 anos sem gravar inéditas. Djavan passeia pela ‘Rua dos Amores’ nos brindando com 13 canções, 12 que falam do amor em diversas dimensões e 1com cunho político.

Com a intenção de deixar o álbum totalmente com sua identidade, o artista compôs, arranjou, gravou e produziu este trabalho que também deu a Djavan a oportunidade de convidar seus amigos músicos: Torcuarto Mariano, Carlos Bala, Paulo Calazans, Marcelo Mariano, que formaram com ele uma das melhores bandas na turnê de 1999. O encarte também traz um registro fotográfico desses 63 anos de idade, com fotos da infância, juventude e da família, mostrando a intimidade do artista.

Um dos temas que o amor se depara é a separação, apresentado pelo cantor nos versos da canção Já Não Somos Dois (Djavan): “Onde a luz/Do iluminado amor/Me azoou/Depois desapareceu/Meio do nada/Minha doce amada/Expôs/Que ela e eu/Já não somos dois!”.  Anjo de Vitrô (Djavan) traz à tona os encontros que ocorrem com o amor, aqueles que nos deslumbram, que nos surpreende.

Em Triste É O Cara (Djavan), o artista usa da sabedoria para desfilar frases filosóficas, remetendo-nos à importância do que é o amar. “Triste é o cara/Que de amor não morreu”. O bom samba não poderia ficar fora deste CD que já nasceu forte, Acertos De Contas (Djavan) apresenta uma reflexão sobre um acerto de contas na rotina de um casal.

A música de trabalho poderia ser qualquer uma, pois a construção do tema central se encontra nas 12 canções. Mas Djavan escolheu Bangalô (Djavan) para embalar os corações apaixonados. Uma balada com todos os climas e argumentos de um amor perdido, “Não vou ficar em bar, vencido/Não mais/Não vou chorar/Amor perdido/Não quis Château/Nem bangalô/Não me quis, não me viu/Não me vê!”

Pecado (Djavan) tem suingue e um recado a quem fala do seu amor sem saber. “Ouça mais, pra variar/E saber mais de mim...”. Para entender o universo feminino e a conquista do amor, Djavan compõe e canta no feminino, descreve a mulher que sai do natural para agradar um homem, em Ares Sutis (Djavan).

Quinze Anos (Djavan) é a sagração do amor que deu certo. Composta para eternizar os 15 anos com sua mulher Rafaella Brunini. Em Vive (Djavan), o artista procura abranger as diversas situações das relações amorosas e diz: “Vive deixa o tempo resolver/O que tem quer acontecer”.

O cantor, inteligentemente, faz uso de metáforas para falar de política e corrupção - que poderia passar despercebido por nós como mais uma canção de amor - em Pode Esquecer (Djavan). Ele mergulha em suas memórias e busca o primeiro sim ou não que o amor lhe deu, em Reverberou (Djavan). Quando achamos que aquele amor estava perdido e  de repente ele te procura é o tema da canção Quase Pedida (Djavan).

Em Rua Dos Amores (Djavan), a lua é personagem central e a canção fecha com chave de ouro este álbum dedicado ao amor.

Confiram!

 

Um comentário:

  1. Djavan sempre foi um gênio com letras loucas. Ultimamente canta coisas coerentes e com a qualidade instrumental de sempre.

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