sábado, 9 de junho de 2012

A HISTÓRIA DA MPB



Agradecimentos Especiais a Tatiana Igreja por revisar o texto.



Contar a história de nossa Música Popular Brasileira não é fácil, mas o grupo carioca Seresta Moderna faz isso e muito bem. O grupo é formado por João Francisco (violão e voz), Biel Neves (teclados e voz), Kelce Moraes (voz), Patrícia Soter (voz), Vando Loureiro (baixo e vocal) e Luiz Makarra (bateria e percussão). João Francisco Neves (compositor, arranjador e líder do grupo) teve o capricho de pesquisar os arquivos da rica discografia da MPB, de 1889 até os dias de hoje, para nos presentear com um repertório magnífico.
 O nome Seresta Moderna automaticamente nos remete a um grupo de seresteiro, mas não é o caso deste grupo, que segundo seu líder, “seresta” está ligada ao resgate do saudosismo e “moderna” pelos arranjos e sonoridades presentes nos dias de hoje.
Quem tiver a oportunidade de ver o show deste grupo carioca, com certeza vai sair satisfeito e emocionado, pois a viagem começa com o Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, primeira marchinha de carnaval gravada no Brasil, datada do ano de 1889. Em seguida, o grupo canta o primeiro samba gravado no país, Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, datado de 1916.  Já nos anos 20 temos a música de Pixinguinha, nos anos 30 temos o surgimento do fenômeno Carmem Miranda e dos gênios Noel Rosa e Ari Barroso, que compôs nosso segundo hino Aquarela do Brasil.
Os anos 40 são dedicados a Dorival Caymmi, Ataulfo Alves, Gordurinha e Gonzagão. A década de 50 é dedicada à dor de cotovelo de Lupicínio Rodrigues, a Dolores Duram e à Bossa Nova. A Jovem Guarda e os festivais da Record são destaques da década de 60, os anos 70 são dedicados ao pessoal do Clube da Esquina, Caetano, Gil, Gonzaguinha e João Bosco. Cazuza, Lulu Santos e Tim Maia aparecem nos anos 80. Da década de 90 até os dias de hoje, o grupo destaca o que há de novo na nossa MPB. Um show com mais de 50 músicas sem ser cansativo, essa é a temática.
E como registrar tudo isso em um único CD?  É inviável porque a quantidade de obras a serem gravadas é muito grande e o custo disso torna-se um dos fatores determinantes. Porém, o Seresta Moderna gravou um CD com cinco regravações dos clássicos apresentados nos shows e cinco músicas autorais.
As músicas escolhidas para serem regravadas foram os clássicos Abre Alas, de Chiquinha Gonzaga, Me Deixa em Paz, de Monsueto e Ayrton Amorim, Conversa de Botequim, de Noel Rosa e Vadico, Marina, de Dorival Caymmi e Carinhoso, de Pixinguinha e Braquinha.  As autorais Traição (João Francisco e Jorge Vieira), Um Beijo Bom (João Francisco), Urbana Fanzine (João Francisco e Amarildo Silva), O Ciúme e Caminhos que Andei (João Francisco), vale a pena ouvir.

Um comentário:

  1. Aeeeew!Fui apresentada a essa maravilha a alguns meses pelo Sr Dery Nascimento...E de cara já adorei...
    Um som mto gostoso de se ouvir, um vocal lindo...Vale a pena conferir!!!
    Dery meu mestre da boa música!

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